Mulheres nativas, mulheres originais: « Reflorestar espíritos para a cura da Terra! »

De 7 a 11 de setembro, vários milhares de mulheres de 150 nações indígenas se reuniram para marchar juntas em Brasília em favor dos direitos garantidos a elas na Constituição do Brasil e contra o limite do « marco temporal » e outras políticas anti-nativos do Presidente Bolsonaro.

« Procuramos garantir nossos territórios para as gerações presentes e futuras, para defender o meio ambiente, esse bem comum que garante nossos modos de vida como parte da humanidade.

Além de ser um recurso físico que nos sustenta, é também o lar dos espíritos das florestas, dos animais e das águas e da vida como um todo – a fonte de nosso conhecimento ancestral.

Declaramos que as mulheres indígenas estarão na linha de frente para enterrar o ‘marco temporal’ de uma vez por todas, durante a 2ª Marcha das Mulheres Indígenas ».

  • Articulação nacional das mulheres indígenas guerreiras de ancestralidade (Anmiga

Simultaneamente, de 3 a 11 de setembro, o Congresso Mundial de Conservação da IUCN será realizado em Marselha, França. O objetivo declarado é definir propostas para a cúpula do clima das Nações Unidas COP26, que será realizada na Escócia em novembro.

Líderes de comunidades indígenas nos nove países da região amazônica apelam aos líderes mundiais para proteger 80% da bacia amazônica até 2025, dizendo que uma ação urgente é essencial para evitar que o desmatamento altere e degradar a maior floresta tropical da Terra além de qualquer esperança de recuperação.

A extração ilegal de madeira e a mineração de ouro, bem como a agroindústria e a extração de petróleo estão entre as principais causas do desmatamento em curso que pode, se a destruição continuar, transformar a floresta amazônica em savana.

Os representantes indígenas insistem que os governos dos países da região amazônica devem proibir as atividades industriais em florestas e proteger as terras indígenas.

Em entrevista à IUCN, União Internacional para a Conservação da Natureza, Sônia Bône Guajajara – Coordenadora Executiva da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) disse:

« Temos uma cultura vibrante com tradições que fortalecem nossa identidade e nosso modo de vida. Para podermos viver nossa cultura, precisamos da floresta em pé, precisamos de uma natureza viva. Então, lutamos todos os dias.

Acredito que a IUCN deve reconhecer que o modo de vida dos povos indígenas contribui para a preservação e proteção do meio ambiente. Portanto, pensar em conservação é pensar antes de tudo na proteção dos direitos culturais e sociais, garantindo os estilos de vida dos povos indígenas em seus territórios. »

Esperançosamente, as vozes da sabedoria indígena serão ouvidas pelos patrocinadores corporativos do evento da IUCN:

https://www.iucncongress2020.org/fr/propos/sponsors-et-partenaires

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) organizou o acampamento « Luta pela Vida » que reuniu mais de seis mil pessoas, de 176 nações indígenas, a maior mobilização da história do movimento indígena, de 22 de agosto ao Supremo Tribunal para observar o julgamento do « marco temporal » que definirá o futuro da demarcação das terras indígenas e, em última instância, o futuro da floresta amazônica.

Por enquanto, há um voto contra o « Marco Temporal » e a favor dos povos indígenas do Ministro Edson Fachin que disse: « Não há maior segurança jurídica do que cumprir a Constituição. »

Os direitos indígenas são FUNDAMENTAIS!

O Ministro Nunes Marques iniciou sua argumentação sem indicar que linha tomaria.

A votação continuará na próxima semana, dia 15.

« O ‘marco temporal’ exclui toda a história de sofrimento que os povos indígenas têm sofrido desde a invasão do Brasil. Então dizemos não ao ‘marco temporal’, mas sim à demarcação das terras indígenas! »

  • Ana Patté 

Para mais detalhes, leia:

NÃO ao estratagema de « Marco Temporal » – Uma aberração!

About Barbara Crane Navarro - Rainforest Art Project

I'm a French artist living near Paris. From 1968 to 1973 I studied at Rhode Island School of Design in Providence, Rhode Island, then at the San Francisco Art Institute in San Francisco, California, for my BFA. My work for many decades has been informed and inspired by time spent with indigenous communities. Various study trips devoted to the exploration of techniques and natural pigments took me originally to the Dogon of Mali, West Africa, and subsequently to Yanomami communities in Venezuela and Brazil. Over many years, during the winters, I studied the techniques of traditional Bogolan painting. Hand woven fabric is dyed with boiled bark from the Wolo tree or crushed leaves from other trees, then painted with mud from the Niger river which oxidizes in contact with the dye. Through the Dogon and the Yanomami, my interest in the multiplicity of techniques and supports for aesthetic expression influenced my artistic practice. The voyages to the Amazon Rainforest have informed several series of paintings created while living among the Yanomami. The support used is roughly woven canvas prepared with acrylic medium then textured with a mixture of sand from the river bank and lava. This supple canvas is then rolled and transported on expeditions into the forest. They are then painted using a mixture of acrylic colors and Achiote and Genipap, the vegetal pigments used by the Yanomami for their ritual body paintings and on practical and shamanic implements. My concern for the ongoing devastation of the Amazon Rainforest has inspired my films and installation projects. Since 2005, I've created a perfomance and film project - Fire Sculpture - to bring urgent attention to Rainforest issues. To protest against the continuing destruction, I've publicly set fire to my totemic sculptures. These burning sculptures symbolize the degradation of nature and the annihilation of indigenous cultures that depend on the forest for their survival.
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5 Responses to Mulheres nativas, mulheres originais: « Reflorestar espíritos para a cura da Terra! »

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